quinta-feira, novembro 13, 2008

Políticas públicas geram mais renda que cana em Alagoas

Alguns dados sobre a geração de riqueza produzida pelo ramo açucareiro colocam em cheque a contribuição que este setor da economia traz para o desenvolvimento interno brasileiro. Em Alagoas, a cana-de-açúcar injeta menos dinheiro na economia do que as políticas públicas guiadas pelo governo federal.

Os dados mostram que a maior parte da renda não fica com o trabalhador, e sim, com os que vendem o etanol produzido e com os grandes grupos empresariais que administram estas usinas.

No estado as usinas irão pagar aproximadamente R$ 100 milhões em salários para os cortadores de cana nesta safra - que começou no mês de setembro e termina em março do próximo ano. Já a Previdência Social, em aposentadorias e pensões, pagará neste ano R$ 2,4 bilhões. O Bolsa Família – principal programa social do governo - pagará R$ 368 milhões.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), mais de 80% dos casos de uso de mão-de-obra escrava verificados em 2007 estão relacionados com o setor. A Comissão também mostra que de 2004 a 2007 ocorreram 21 mortes - supostamente por excesso de esforço durante o corte da cana. Estudos comprovam que esses trabalhadores do corte de cana possuem uma vida útil de trabalho de dez a 12 anos, inferior a dos escravos do século XIX.

da Radioagência NP, Juliano Domingues.

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