domingo, abril 20, 2008

o individualismo contemporâneo de Wieviorka



Estudando sociologia neste domingo, mais precisamente Weber e Wieviorka ( Novo Paradigma da Violência) , foi interessante a leitura que fiz acerca do individualismo contemporâneo. É lógico que eu vou tornar a tese de Wieviorka bem simplista, mas a idéia aqui não é discorrer a sociologia pura deste ator, mas de expor um trecho de seu conceito. Partir da idéia de individualismo contemporâneo é necessário relacionar a modernidade pela qual a sociedade está apoiada, e citar os meios comunicacionais e a economia como elementos primordiais para tal compreensão. Na medida em que o indivíduo contemporâneo trabalha para consumir as novidades tecnológicas ele se auto afirma, ele se reconhece como sujeito que constrói sua própria existência, ao se sentir pertencente desse mundo. Assim como cita Wieviorka: “Ele pretende por exemplo efetuar escolhas que o autorizem a referir-se a uma identidade coletiva, sem estar totalmente subordinado a ela, produzir-se, e não somente reproduzir-se”. Este texto de Wieviorka aborda a temática da sociologia da violência, e de como se opera a concepção contemporânea da violência é perseguida pela idéia de um declínio do Estado. Para ele é “cada vez mais difícil para os Estados assumirem suas funções clássicas. O monopólio legítimo da violência física parece atomizada e, na prática, a célebre formula weberiana parece cada vez menos adaptada às realidades contemporâneas”.
Na medida em que o indivíduo se engaja pela obtenção de um “bem escasso”, segundo Weber, e o mesmo indivíduo não consegue dinheiro para consumir a violência pode assumir uma feição bem mais extrema, relacionada a esse mesmo desejo frustado de não conseguir comprar tal bem. Na medida em que a mundialização se opera, ou seja, os Estados tendem a se agruparem, derrubando barreiras culturais, por exemplo, o mesmo individuo não está mais inserido como antes, por que o sentido de sua existência, por exemplo era dado pela cultura a que ele estava inserido anteriormente. Essa dita infelicidade frustração de falta de uma identidade gera uma profunda raiva e daí numa violência, como por exemplo, o racismo.


“Tudo isso não é certamente novo; mas os progressos da mundialização dão maior intensidade do que davam no passado a tudo o que remete ao individualismo, bem como as fragilidades pessoais que vêm junto, sobretudo, quando se trata de combinar os dois registros, da eficácia instrumental, estratégica, e da construção de uma subjetividade autônoma.”


Por enquanto é isso...

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