quinta-feira, maio 01, 2008

1º de maio do trabalhador


Mas a questão é:
nosso desemprego
Não será solucionado
Enquanto os senhores não
Ficarem desempregados!

Brecht


Enfim chegou Maio!
Que seja então e já Maio!
que tudo o que passou no Abril
Brilhe e radie!
Que nesse outono cinza e de frio
os pássaros cantem e o sol ainda apareça
Por que já é Maio!
Façamos a esperada Festa!


E pra começar Maio com feriado da classe trabalhadora! Um feriado espetacularizado! Mas, mesmo assim, conquistado!

Em que as Centrais Sindicais buscam novas bandeiras para as velhas lutas! Que elas possam ampliar esse espaço de debate a começar por hoje! Até por que estamos num momento econômico que favorece tal debate, como por exemplo o nosso crescimento econômico aliado à temática de redução de jornada! Perfeita combinação!

Márcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicada (Ipea), aponta que o número de trabalhadores sindicalizados retomou o crescimento entre 1999 e 2006. Em 1989, cerca de um terço dos trabalhadores eram sindicalizados. A partir desse ano iniciou-se a queda brusca da taxa, atingindo 15% em meados da década de 1990. Dados recentes mostram que 18% dos trabalhadores são filiados a entidades de classe. “Há uma recuperação, ainda que lenta, da taxa de sindicalização do país. Mas essa recuperação é marcada por caracterísiticas diferentes. O que tem crescido é a sindicalização no meio rural e no setor de serviços, entre trabalhadores com menor grau de escolaridade e menor remuneração. É um perfil muito diferente dos anos 1980”, relata.

No caso dos serviços, Pochmann constata que esse tipo de sindicalismo age mais como parceiro de pequenas empresas, oferecendo capacitação técnica e assessoria jurídica, do que um instrumento de defesa dos trabalhadores perante os interesses patronais. Não se trata da sindicalização de operários de grandes plantas industriais, como nos anos 1980.
As jornadas longas, os baixos salários e a constante reposição de força de trabalho mais barata, em termos econômicos, são os principais problemas apontados pelos dirigentes sindicais. No entanto, uma série de outros empecilhos são enfrentados pelos sindicatos no que se refere à capacidade de organização da classe trabalhadora. A maior parte desses entraves tem sido colocada pela maneira de se organizar a produção e pelo individualismo, caracterísitca marcante do neoliberalismo inaugurado nos anos 1980.

Desde essa década, o sindicalismo passa por uma crise. Diminuição das mobilizações, perda do protagonismo e redução da taxa de sindicalização são sinais visíveis do descenso do movimento dos trabalhadores. De 2005 para cá, estudos revelam que há uma reação da sindicalização, ainda que num cenário de crise.

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