terça-feira, dezembro 30, 2008

Sem mais delongas


Final de ano, observo o que postei nesse blog, também o amontoado de e-mails na caixa de e-mails, assim como os recortes de matérias de jornais que destaquei e os que ainda ficaram de lado. As anotações de palestras e o que chamou minha atenção, hoje, durante minha leitura no intinerário pelo centro da cidade de São Paulo, deserta por sinal, foi a passagem da obra "Errantes do Fim do Século" de Maria Aparecida de Moraes Silva. Aliás, é um título até que sugestivo para uma Virada de Ano! Mas sem mais delongas, trata-se de um belo trabalho da professora da Unesp, do qual indico, recomendo. Conheci seu trabalho no GT na ANPOCS este ano e logo nas primeiras páginas do livro a minha atenção se prendeu. Os relatos dos antigos moradores do interior do país, acerca da invasão da ACESITA e de outras poderosas que se apoderaram das terras do vasto Brasil surpreende!


Conhecer como se operou o processo de apoderamento e de roubo dessas indústrias, sob a óptica dos antigos moradores nos leva a compreender um pouco mais da história desse país, e de como o poder político e econômico se enraizou na cultura da sociedade. São relatos que chocam por que o domínio e o poder (em todos os sentidos) estão construídos em detrimento da boa fé, na inocência, na ignorância, na "não instrução", no medo, na coerção e no poder aquisitivo baixo dos ex-moradores!!


Trata-se de um obra a ser explorada. Fica o desafio! Também fica o desafio na luta e nas ações para o Ano Novo! Em tempos de guerras, crise econômica, e de toda "crise" histórica do Brasil - como a professora da UNESP estuda - deixo as minhas saudações e uma mensagem positiva de um Grande Ano de 2009 a tod@s!

beijos // Cris.

segunda-feira, dezembro 29, 2008

Repúdio ao massacre de Israel ao povo Palestino




























As fotos falam por si mesma! Denunciam o brutal e desigual massacre contra o povo palestino.

Solidariedade ao povo palestino, já que segundo Christian Castillo, dirigente argentino do PTS, "as declarações cúmplices dos governos imperialistas dos EUA e da União Européia querem transformar as vítimas em algozes. Não nos estranha já que são os mesmos estados que, entre outros territórios, mantém a ocupação colonial do Afeganistão e do Iraque".

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Mensaje


Que lo disfruten...

Hoy es el día más hermoso de nuestra vida,
querido Sancho;
los obstáculos más grandes, nuestras propias
indecisiones;
nuestro enemigo más fuerte, el miedo al poderoso y
a nosotros mismos;
la cosa más fácil, equivocarnos;
la más destructiva, la mentira y el egoísmo;
la peor derrota, el desaliento;
los defectos más peligrosos, la soberbia y el rencor;
las sensaciones más gratas, la buena conciencia, el
esfuerzo para ser mejores sin ser perfectos, y sobre
todo, la disposición para hacer el bien
y combatir la injusticia donde
quiera que esté.


MIGUEL DE CERVANTES,
Don Quijote de la Mancha.

quinta-feira, novembro 20, 2008

EIV divulgação



- Terça-feira, Dia 25, 18 horas: Canil, Em frente ao Espaço de Covivência da ECA-USP
- Quinta-feira, Dia 27, 18 horas: Espaço dos Estudantes, Prédio de Ciências Sociais e Filosofia, FFLCH-USP

2º Estágio Interdisciplinar de Vivência
em áreas de Reforma Agrária e Atingidos/as por Barragens do Estado de São Paulo
Companheiras/ os,
O Estágio Interdisciplinar de Vivência trata de uma atividade permanente de aliança entre Movimentos Sociais, e que no estado de Saõ Paulo começa a gerar frutos no âmbito da articulação entre escolas e entidades estaduais.
O EIV é construído conjuntamente pelos movimentos sociais camponeses e pelo movimento estudantil em diversos estados do país, e insere-se num contexto de estreitamento das relações entre Universidade e sociedade, em especial com os movimentos sociais de luta pela terra. De modo que, acreditamos que por meio da aproximação com sua organização, suas demandas, seu cotidiano e dificuldades, se possa efetivamente entender a legitimidade das lutas populares camponesas, e seu papel mais amplo na sociedade.
Propomos através do Estágio, o despertar de consciência crítica nos estudantes a partir da vivência da realidade dos Movimentos Camponeses, e da reflexão e teorização da realidade social, cultural e econômica do nosso país.
O EIV se pauta por um método que possibilite atingir nossos objetivos de formação e organização estudantil. E que nada tem de "extensão universitária" , pois é totalmente autônomo e avesso às grades curriculares, metodologias, olhares etnocêntricos ou mesmo qualquer vinculação à academia e sua forma de tratar a relação universidade- sociedade.
A metodologia de vivenciar o seio das classes camponesas em luta, participando de todo seu cotidiano de forma a quebrar preconceitos e paradigmas cristalizados e valendo-se do trabalho e da vida rural como elemento pedagógico e educativo já fora usado antes.
Basicamente, o EIV acontece em três etapas:

I) Preparação – Nessa primeira fase os estagiários ficam no mesmo local, onde acontecem os espaços de formação política através de oficinas, seminários e grupos de discussão sobre economia política, questão agrária no Brasil, histórico e o papel atual dos movimentos sociais, etc.

II) Vivência – Após a preparação, os estagiários permanecem em torno de 10 dias nas famílias organizadas nos movimentos camponeses (MST e MAB),
realizando junto a estas as atividades do dia-dia e conhecendo a realidade das famílias e da organização dos movimentos sociais.

III) Avaliação – É realizado com todos os estagiários juntos. Faz-se a socialização das vivências, bem como, a avaliação desta e do estágio como um todo. Também são realizados nesta etapa espaços de formação e apontamentos da continuidade do trabalho iniciado no EIV.

Essa 2ª edição do EIV SP tem como objetivo consolidar esse instrumento como prática do moviemnto estudantil de São Paulo, bem como nos desafiar a construir um Estágio que possibilite o encontro e a formação de lutadores/as estudantis, que através do diálogo e do aprendizado com o povo, com ele se comprometam e com ele lutem, como nos ensina Paulo Freire, seja dentro da Universidade e também fora de seus muros.

Para se inscrever entre em contato:

Inscrição: 15 de outubro a 1º de dezembro

2ºEIV-SP: de 18 de janeiro a 8 de fevereiro


http://www.vestiario.org/eiv

terça-feira, novembro 18, 2008

corrida contra a crise


O mundo acaba de atravessar 60 dias que abalaram a órbita financeira. E nesse mesmo período instala-se um novo governo norte-americano na Casa Branca. E a próxima onda nesse turbulento mar não esperará as novas ações de Barack Obama, para continuar a fazer muitos estragos. Pelo contrário, segundo especialistas, o estrago está apenas começando.
A General Motors, Ford e Chrysler estão a bordo da falência. A atual crise pega a classe trabalhadora mundial fragilizada, levando à demissão dezenas de milhares de trabalhadores, que nada tirevam à ver com os irresponsáveis de Wall Street. E enquanto isso o Brasil assiste a Europa solapar em recessões. Lá a economia está em perigo, pois o emprego e o poder de compra são ameaçados. E quando é que o tsunami rebaterá em terras brasileiras? Ou você acha que sairemos ilesos?

sexta-feira, novembro 14, 2008

A precarização e exploração do trabalho nas Ciências Sociais




Entre os dias 27 a 30 de outubro, participei do 32º Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs). Entre as diversas conferências existentes o professor Arne Kalleberg, da Universidade da Carolina do Norte, abordou dia 28/10 o tema da precarização e a insegurança do trabalho, assim como os riscos ao trabalhador. Segundo o professor, a agenda neoliberal brasileira é tardia na implantação de políticas, assim como vem enfraquecer os sindicatos, na medida em que o crescimento informal de empregos e o crescimento de maus empregos no setor formal alavanca significativamente.
A partir desse contexto é perceptível constatar que o "trabalho precário" foi sempre tido como normal no país, ou seja, grande parte dos trabalhos são precários, mas são tratados como atípicos. Por isso é importante o cuidado do emprego do termo "precário", pois se tomarmos como referência o trabalho dos canavieiros não se pode afirmar que trata-se de "precarização do trabalho", pois nesse caso ocorre a exploração da mão-de-obra em que é uma dimensão dada de anos, isto é, ao longo do processo histórico do Brasil. O "trabalho precário", de fato, existe quando ele possui uma forma, e dentro de uma situação clara, ele se precarizou ao longo de um tempo, portanto, contrário do trabalho escravo que impera, principalmente, nos canaviais brasileiros e sempre foi dessa forma, com condições precárias, insalubres, baixa remuneração, e que tem levado à morte centenas de trabalhadores por exaustão. Uma exaustão que está atrelada à lógica econômica, pois o "bom" cortador de cana recebe muitas vezes incentivos do patronato, segundo a Professora Dra Maria Aparecida Moraes, da Universidade Federal de São Carlos, no GT Trabalho e Sindicato na Sociedade Contemporânea, que apresentou o trabalho “Trabalhadores Rurais: a negação dos direitos”. Segundo Maria Aparecida, o canavieiro da região de Ribeirão Preto, recebe um liquidificador e/ou batedeira como incentivo ao "bom" corte, e esse programa elimina a micro resistência do processo laboral. O resultado dessa intensificação do ritmo de trabalho foram 22 mortes por exaustão no local de trabalho, de 2004 até início de 2008, na região. É aí que percebe-se que problemas desta natureza e de outras remete à questões do século passado, e que são evidentes na contemporaneidade, principalmente em se tratando dos trabalhadores da cana, pois sabemos que o etanol é a grande vitrine brasileira.
O professor Arne Kalleberg salienta a importância das políticas públicas na área do trabalho e suas formas na contemporaneidade, já que elas podem explicar a natureza do trabalho precário e pontuar soluções, de um modo que venha contribuir e ajudar as populações, como por exemplo, as políticas governamentais de previdência, de seguro saúde, aposentadoria, de um modo que o crescimento do emprego formal esteja em sintonia com incentivos do Estado, como a concessão de créditos fiscais ao patronato, por exemplo, segundo o professor.

quinta-feira, novembro 13, 2008

Políticas públicas geram mais renda que cana em Alagoas

Alguns dados sobre a geração de riqueza produzida pelo ramo açucareiro colocam em cheque a contribuição que este setor da economia traz para o desenvolvimento interno brasileiro. Em Alagoas, a cana-de-açúcar injeta menos dinheiro na economia do que as políticas públicas guiadas pelo governo federal.

Os dados mostram que a maior parte da renda não fica com o trabalhador, e sim, com os que vendem o etanol produzido e com os grandes grupos empresariais que administram estas usinas.

No estado as usinas irão pagar aproximadamente R$ 100 milhões em salários para os cortadores de cana nesta safra - que começou no mês de setembro e termina em março do próximo ano. Já a Previdência Social, em aposentadorias e pensões, pagará neste ano R$ 2,4 bilhões. O Bolsa Família – principal programa social do governo - pagará R$ 368 milhões.

De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), mais de 80% dos casos de uso de mão-de-obra escrava verificados em 2007 estão relacionados com o setor. A Comissão também mostra que de 2004 a 2007 ocorreram 21 mortes - supostamente por excesso de esforço durante o corte da cana. Estudos comprovam que esses trabalhadores do corte de cana possuem uma vida útil de trabalho de dez a 12 anos, inferior a dos escravos do século XIX.

da Radioagência NP, Juliano Domingues.

segunda-feira, novembro 03, 2008

Crise? E eu com isso?

Elaine Tavares *

Adital - É o que mais se ouve no rádio e na TV - essa fábrica que vive da mais valia ideológica, como bem analisou o grande pensador venezuelano Ludovico Silva - "a crise, a crise, a crise". Começou lá nos Estados Unidos e quase ninguém sabe muito bem por que. Os locutores falam de uma quebra nos bancos causada pelo não pagamento das hipotecas e as pessoas, jantando, não conseguem entender o que isso significa. Bueno, ao que parece, as pessoas pegaram empréstimos para comprar moradia e agora não têm dinheiropara pagar. Fico pensando na política do governo Lula que, por conta do "crescimento da economia" fez convênios com Bancos para garantir que os trabalhadores pudessem se endividar de forma tranqüila e sem qualquer entrave, com desconto em folha.
A CUT aprovou a idéia e o povo começou a corrida aos bancos para tirar dinheiro e consumir, consumir, consumir. Penso que é um pouco por aí o que aconteceu por lá, na nave mãe. Também, na televisão, já se começa a ver reportagens sobre o aumento do preço disso e daquilo, e os jornalistas avisam em tom de ameaça: "é a crise, ela vai pegar todo mundo". É quase como a trilha sonora do Tropa de Elite. Ninguém vai escapar. Assim, pelas ruas, as pessoas vão internalizando a idéia de que há uma crise, portanto, é normal que os preços comecem a subir.
Vem a pedagogia do medo e os pequenos burgueses principiam a comprar bastante carne para congelar nos abarrotados freezers, estapeça escrota da acumulação sem necessidade. Já os que não têm freezer...que se danem! "Estamos todos no mesmo barco", dizem os economistas e analistas de TV. Só que esta é mais uma mentira do sistema. Podemos até estar no mesmo barco, mas a divisão de classe garante que haja os que tomam champanhe na cobertura e os que remam nas galés. No final, quem é que salva o barco mesmo? São os remadores, sempre os remadores. O povo das galés! Nos noticiários internacionais chegam as notícias de gente que perdeu tudo o que tinha. Choro e ranger de dentes. Mas ninguém pergunta por que motivo afinal esta gente entrou na onda das aplicações voláteis da bolsa. A promessa capitalista do lucro fácil, sem esforço. Bota a grana ali e ela vai render, pronto.
Poucos são os que falam dos riscos do sistema. É que o capitalismo é bom de propaganda e tem o controle da fábricade ideologia. E lá se vão as velhinhas e os trabalhadores comprar ações. Aqui no Brasil também há um incentivo para que os trabalhadores usem seu décimo terceiro salário ou suas economias e apostem no cassino financeiro. E pasmem, existem sindicatos e centrais que fazem campanha para que isso aconteça. A idéia de que o trabalhador comum pode ser um empreendedor é hegemônica. E as emissoras de TV, com seus oráculos bonitinhos, se apressam a falar que, se é preciso que as gentes apertem os cintos por conta da crise, não é necessário temer. O Estado já interveio. Já colocou bilhões de dólares para salvar os banqueiros, afinal, como poderíamos viver sem bancos? Já os que apostaram suas economias nos cassinos financeiros, bom eles tinham de saber que havia riscos. Perderam e pronto.
Paradoxalmente serão eles os que salvarão os banqueiros, pois afinal, o dinheiro público de quem é? O capitalismo é bicho esperto, tem seus pedagogos da beleza, do engano, da ideologia embotadora. Vai minando a consciência de classe. Pois, o que fazer, se os sindicatos brasileiros, em sua quase esmagadora maioria, estão domados? O que fazer se as centrais sindicais gerem fundos de pensão e fazem campanha para que os trabalhadores se endividem? Como falar de socialismo e de distribuição da riqueza num tempo em que as pessoas estão em retirada, tentando salvar o que lhes resta da enganação do capital? Poucos são os que se dão conta de que a questão não é a crise em si, o salvar-se agora, o apertar o cinto esperando a tormenta passar. Esta é atormenta mesma. E ela só está mais forte no momento, mas é a mesma ventania capitalista que tudo arrasa, até as consciências, todo o santo dia e todo dia santo. Para os trabalhadores está dado o desafio. Vivemos até agora um tempo de arar a terra, de estudar, de desvelar os horrores econômicos impostos pelo sistema. E também estão aí os exemplos do que pode fazer a luta coletiva que tem como pilar mestre a idéia de povo - gente em luta. Está aí a Venezuela, o Equador, a Bolívia, onde a falência de instituições como sindicatos, governos e partidos levou ao crescimento dos movimentos sociais a às transformações cada dia mais radicais. Não dá para sentar diante da TV e acreditar que o capitalismo acabou. Ele é matreiro, manhoso e se recompõe muito rapidinho, a história nos mostra. As crises cíclicas do capital mostram o quanto este sistemaé predador e a cada uma delas fica claríssimo que quem perde sempre são "los de abajo".
Então é preciso sair às ruas, pedagogicamente retirando o véu do engano, explicando, provocando a consciência de classe. É hora de movimento, de semear. Mas, fundamentalmente, é hora de anunciar a boa nova: sim, é possível viver de outro jeito, organizar a vida de outra forma. Exemplos há e é tempo de espalhar a notícia.
* Jornalista no IELA - Instituto de Estudos LatinoAmericanos/UFSC

sábado, outubro 25, 2008

10 motivos para NÃO votar em Kassab

1. As 5 clínicas de médicos especializados que a Prefeitura disse que construiu na gestão Kassab na verdade não passam de estruturas improvisadas ao lado dos postos de saúde, ou “puxadinhos”, como definiu um especialista; as 10 novas “clínicas” que o prefeito promete em sua propaganda eleitoral, na verdade, serão novos “puxadinhos”, sem a menor condição de atender pacientes;

2. A nova calçada da Avenida Paulista, poucos meses depois de inaugurada, apresenta problemas de toda ordem: fissuras, inadequação para cadeirantes, empoçamento em alguns trechos. Ainda assim, ficou cerca de R$ 2 milhões mais cara do que o orçamento inicial e a licitação que deu à Engeform o direito de construi-la é questionada na Justiça – a empresa é doadora da campanha de José Serra ao governo paulista; Como se esse tipo de política pública que "maquia" os reais problemas fossem necessários. Com toda problemática educacional, de saúde, transportes e infra-estrutura, era mesmo assim (segundo a lógica de Kassab) ter gasto esse montante na construção de calçadas na Avenida Paulista e outras localidades. É óbvio que trata-se de uma política de fachada e além de não ter solucionado, vide fissuras nas calçadas, ainda tal política engordou mais os bolsos das construtoras, que apoiaram a eleição do seu antecessor José Serra, na prefeitura de São Paulo.

3. São Paulo apresenta um dos piores desempenhos educacionais do País em suas escolas públicas. Ainda assim, a gestão Gilberto Kassab , que tinha prometido acabar com o chamado “turno da fome” em 2007 (como ficou conhecido o turno das 11h às 15h das escolas municipais de ensino fundamental de São Paulo) anunciou há um mês que só vai resolver isso em 2010 (promessa para depois, portanto, da sua gestão, já que a eleição é só no domingo). Essa política de ter dois professores em sala de aula maquia a problemática educacional, como se o déficit no setor fosse solucionado com mais um professor em sala de aula, que é jogado na sala de aula, sem nenhum amparo e diálogo prévio com o profesor que lá se encontra. Ao invés de pagar mais um professor e/ou estudante deveria investir no salário de um só professor.

4. O prefeito Kassab dobrou os gastos com publicidade entre 2006 e o ano passado, com despesas empenhadas (gastos autorizados) de R$ 66,9 milhões, valor 117% superior ao do período anterior. Foi o maior salto entre todas as secretarias de Kassab, que ontem divulgou o balanço provisório de 2007.

5. A gestão Kassab é a mais suscetível dos últimos anos à especulação imobiliária. Recentemente, “destombou” 21 casarões na Lapa, zona oeste da capital, galpões nas ruas Faustolo e Coroados, para entregar à voracidade especulativa. São do início do século passado, mas a prefeitura diz que não têm interesse histórico. Mas têm muito interesse comercial, já que são 1,5 milhão de metros quadrados. Isso mostra, inclusive, a intenção que havia quando se desmontou por completo o Conselho do Patrimônio Histórico.

6. Na área cultural, a grande (e única) vitrine dessa administração é a Virada Cultural, apresentada como uma iniciativa de democratização do acesso à cultura. Pesquisa Datafolha mostrou, no entanto, que a Virada foi vista majoritariamente, esse ano, por gente muito jovem, com dinheiro para comprar ingresso para qualquer tipo de show e que vive nos bairros de classe média alta. A Virada exclui a periferia, e isso é considerado normal. A lei de incentivo à cultura municipal, a Lei Mendonça, foi quase que totalmente desarticulada.

7. Na área política, a aliança que apóia Pitta reúne o maior grupo retrógrado de São Paulo em diversas épocas: Wadih Mutran, que tentou impedira instalação da CPI que investigou a Máfia dos Fiscais;
Maeli Vernigniano, integrante daquela agremiação de rapina; Brasil Vita,antigo trator malufista;
Toninho Paiva (vereador que também é conselheiro do Conpresp, e chegou a legislar em causa própria recentemente para destombar patrimônio público), entre outros.
Em nível nacional, seus parceiros são Jorge Bornhausen e outros políticos dessa linha progressista. E, é claro, é aliado de Celso Pitta e Paulo Maluf (cujo filho Flávio foi interrogado ontem em São Paulo por dois juízes franceses, Henri Pons e Jean-Marie d’Huy, que querem que ele explique um depósito de US$ 1,45 milhão na conta do pai, que assina o depósito mas nega ter dinheiro em sua conta).

8. Kassab não teve nenhuma idéia original em relação à gestão pública.Não criou os CEUs, não criou as AMAs, não imaginou a Lei Cidade Limpa (embora a tenha implantado). Não há um só sopro de originalidade em sua gestão. Mostra-se um zelig político: em um vídeo amplamente assistido no Youtube, ele se deixa “converter” durante um culto evangélico, prometendo fidelidade àquela corrente.

9. Kassab representa agora também o governo de Geraldo Alckmin, que se tornou seu aliado de ocasião, e que foi o governador que destroçou a segurança pública no Estado de São Paulo, criando as condições para que a polícia civil aqui se tornasse um dos piores salários do País e fazendo negociações que fortaleceram uma organização criminosa chamada PCC. Não bastasse isso, foi o governador sob o qual prosperou uma criminosa sangria às instituições pública, como no caso da CDHU, cujo prejuízo foi avaliado pelo Ministério Público como algo em torno de R$ 1 bilhão;

10. A gestão Kassab mostrou-se extremamente despreparada em relação à questão do trânsito. Ameaçou construir pistas exclusivas para motos na Avenida 23 de Maio, e recuou. Ameaçou impedir a circulação de motos nas marginais e recuou. Estabeleceu um rodízio de caminhões que se revelou inócuo e até piorou a questão do trânsito. Não tem novas propostas e conta com a desmemória dos cidadãos sobre os recentes blecautes na cidade; Além de nem ter propostas para o transportes, vai na cola da Marta e não apresente políticas transformadoras para o transito caótico. Agora, somente agora ele fala de investimentos no metrô! Por saber que é uma obra de resultados à longo prazo, deveria já ter começado obras ao invés de meras promessas para gerações futuras, enquanto a população que elegeu o senhor Serra, seu antecessor, convive com a falta de alternativas no transporte!!
Basta!

sexta-feira, outubro 24, 2008

vagabundo?




Lembram-se do desequilíbrio do então prefeito Kassab, que se descontrolou durante a inauguração de uma unidade de saúde pública em Pirituba, zona oeste, em fevereiro de 2007??

Ele, literalmente, partiu para cima do homem que protestava contra a má qualidade de atendimento, e de dedo apontado, saiu gritando atrás do homem.


-Fora daqui. Sai daqui! Estamos num hospital! Levem ele embora! Respeite o doente! Vagabundo. Vagabundo! gritava Kassab!

Mais tarde identificado como Kayser Paiva, o homem afirmou que não foi ali fazer um protesto, mas sim para entregar um exame e pedir para que fosse marcado um dia para arrancar um dente!!!


Pois é...com Kassab não vale protestar??

o desconhecido

Aqui tomo esse espaço para divulgação desse tipo de acontecimento que ocorre nos confins do país, e que não estampa o noticiário dos grandes jornais, já que o que interessa e o que 'vende' são outras preocupações, como a crise internacional. Não que não tenha relevância informações econômicas, mas se não há nem o noticiário dessas mortes, o que dirá a apuração desse e de outros casos dessa natureza?



"A guerra do fim do mundo

Três trabalhadores rurais foram assassinados no dia 15.10.2008 em emboscada preparada por pistoleiros e, segundo fortes indícios, a mando de grileiros de terras da região da Fazenda Capivara, Monte Santo, Bahia.
Os trabalhadores se deslocavam a pé da Fazenda Capivara em direção ao Assentamento Santa Luzia da Bela Vista onde estava ocorrendo uma reunião com servidores do Incra, cujo objetivo era realizar um cadastramento para a construção de cisternas.

Os trabalhadores tinham 48, 24 e 23 anos, e se chamavam Tiago, Luiz e Josimar, respectivamente.
Os dois jovens foram mortos primeiro e seus corpos escondidos na caatinga. Tiago, que vinha caminhando sozinho, teve seu corpo deixado na estrada. Os sepultamentos aconteceram ontem.
São essas as informações que temos no momento. A delegacia agrária, a delegacia local, o Incra e o CDA já têm ciência do ocorrido.
O clima na cidade e na zona rural é de tensão. Os/as trabalhadores/ as rurais estão assustados/as e apreensivos/ as, pois temem novos atentados, inclusive contra as assessorias técnicas e mobilizadores/ as locais.
Por favor, divulguem este e-mail, pois do ano passado até o presente momento, computam-se 6 assassinatos de trabalhadores rurais por aqui, por conta dos conflitos fundiários envolvendo grileiros e posseiros. "

segunda-feira, outubro 20, 2008

Marx mais atual do que nunca!

Crise aumenta procura por obras de Karl Marx na Alemanha

Fonte: BBC Brasil
Editora vendeu em um mês nº de cópias de 'O Capital' que vendia em um ano.


Segundo noticiário da BBC a atual crise financeira mundial aumentou a busca por livros de Marx, crítico do sistema capitalista.
Interessante perceber a atualidade e a importância do tema tratado nas obras de Marx, como O Capital, escrito em 1867.


"A editora alemã Karl Dietz, dedicada a livros de pensamento de esquerda disse já ter vendido, neste ano, 1,5 mil cópias da obra mais famosa de Marx, O Capital, escrita em 1867".

Segundo informe da BBC as vendas no mês passado, foram de 200 cópias, o mesmo número que, no passado, costumava ser vendido em um ano.

"A Dietz não é a única editora a publicar obras de Marx, mas, segundo a imprensa alemã, lojas ao redor da Alemanha têm visto um aumento de 300% na venda do livro nos últimos meses".

O correspondente da BBC David Bamford afirma que muitos vêem a atual crise como um fracasso do capitalismo e que a obra de Marx poderia ajudar a entender o que deu errado.

O noticiário ainda completa o informe dizendo que o número de visitantes a Trier, na Alemanha, cidade natal de Marx, subiu neste ano para 40 mil.

O curador do museu da cidade afirma que já perdeu as contas de quantos visitantes ele ouviu dizer que Marx estava, afinal, certo em suas críticas ao capitalismo.

Todos os direitos reservados.
É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

segunda-feira, outubro 13, 2008

Hipocrisia na TRIP: cineasta busca se redimir de estupro


Carta aberta para Luisa
" Colunista pede desculpas públicas à empregada da família com quem transou, contra a vontade dela, quando tinha 14 anos."



Um relato de estupro publicado por um dos colunistas "ficcionais" e"covardes" da Revista Trip, sob um pretexto tosco do bom-mocismo, sob duas dimensões de desiguldades sociais no país, tanto de gênero quanto de classe. O mesmo, quer se passar como engraçadinho e "redimir seus pecados" com essa publicação, e com isso, além de vender mais revista, busca uma hipócrita redenção de suas ações juvenis.

Que lástima, que vergonha e cinismo!!!



Não que os escritores ficcionais sejam necessariamente covardes, mas este em especial - Henrique Goldman foi além. Como cineasta paulistano radicado em Londres, deveria usar algum tipo de conhecimento adquirido como "cineasta" ( se existir consciência ) para algo mais útil, principalmente por que os seus leitores brasileiros vivem numa situaçãode desigualdade econômica e social aquém das experimentada por ele em Londres. Alias, reforço o côro aqui, para que o infeliz fique bem longe das terras brasileiras. Melhor seria se utilizasse seu espaço nessa sua mídia para algo proveitoso, e não instigando o estupro, o assédio moral e sexual. E o pior foi a argumentação do editorial da Revista Trip que se defendeu sob o argumento de que o texto do tal cineasta é "ficcional". Reparem no início do texto:


" ... Só me permito lembrar – lavando estes panos sujos assim tão publicamente – porque o mundo é cheio de Luisas."



Se você ler atentamente o texto perceberá o caráter real. Pois além do autor assinar, ele cita nomes, remete à Luisa, em especial. E mesmo em se tratando de uma possível obra ficcional, sugiro ao infeliz cineasta que utilize seu espaço no conglomerado empresarial em que trabalha, com produções de textos que venham rechaçar o abuso de autoridade, o sentimento de humilhação, de intimidação, o assédio, a violência e o crime do estupro, ao invés da promoção dessa ideologia! Quantos e quantos jovens, em idade de formação não acessaram o que o cinesta escreveu, e tomam para si esse tipo de informação?? Ainda mais num país que já carece de educação de qualidade, que aceita e naturaliza toda forma de preconceito e violência contra a mulher.


Já vivemos numa sociedade machista, que percebe a mulher como objeto sexual, e que ao longo de tempo e por intermédio desse tipo de histórias"ficcionais", naturalizou a condição subalterna da mulher. Esse infeliz cineasta deveria usar o espaço que ele tem para promover textos que de fato venha somar e enriquecer o conhecimento.


"Espero que você esteja bem.

Espero que para você a memória daquela tarde não seja tão ruim e que você hoje possa rir do que aconteceu. "




Como rir do que aconteceu? Como ele quer que alguém ria diante desse tipo de crime?
Palhaço, oportunista, deve sim ser penalizado pela Justiça pelo que fez! Usa a revista pra se "promover" buscando um falso perdão, e promover esse tipo de crime!

Jornalismo de merda!





terça-feira, outubro 07, 2008

Marx

Enquanto a falta de crédito se alastra no país, Bush pede calma, e a economia norte-americana caminha para a depressão. Ontem foi mais um dia em que as bolsas mundiais registraram alta cotação do dolár, sendo, portanto, a primeira vez, desde setembro de 2006 que a moeda norte-americana sinaliza valor acima.

Abaixo fragmento de " O Capital", Volume 3, Capítulo 30, /Capital-dinheiro e capital efetivo/, *Karl Marx *(1818-1883).


"Em um sistema de produção em que toda a trama do processo de reprodução repousa sobre o crédito, quando este cessa repentinamente e somente se admitem pagamentos em dinheiro, tem que produzir-se imediatamente uma crise, uma demanda forte e atropelada de meios de pagamento.

Por isso, à primeira vista, a crise aparece como uma simples crise de crédito e de dinheiro líquido. E, em realidade, trata-se somente da conversão de letras de câmbio em dinheiro. Mas essas letras representam, em sua maioria, compras e vendas reais, as quais, ao sentirem a necessidade de expandir-se amplamente, acabam servindo de base a toda a crise.

Mas, ao lado disto, há uma massa enorme dessas letras que só representam negócios de especulação, que agora se desnudam e explodem como bolhas de sabão, ademais, especulações sobre capitais alheios, mas fracassadas; finalmente, capitais-mercadorias desvalorizados ou até encalhados, ou um refluxo de capital já irrealizável. E todo esse sistema artificial de extensão violenta do processo de reprodução não pode corrigir-se, naturalmente. O Banco da Inglaterra, por exemplo, entregue aos especuladores, com seus bônus, o capital que lhes falta, impede que comprem todas as mercadorias desvalorizadas por seus antigos valores nominais.

No mais, aqui tudo aparece invertido, pois num mundo feito de papel não se revelam nunca o preço real e seus fatores, mas sim somente barras, dinheiro metálico, bônus bancários, letras de câmbio, títulos e valores. E esta inversão se manifesta em todos os lugares onde se condensa o negócio de dinheiro do país, como ocorre em Londres; todo o processo aparece como inexplicável, menos nos locais mesmo da produção. "

quinta-feira, outubro 02, 2008

Assine o abaixo-assinado da PEC do Trabalho Escravo


A referida PEC - Proposta de Emenda Constitucional – de nº 438/01, determina a expropriação de propriedades onde for constatada a exploração demão-de-obra escrava, pelo Senado Federal, em 2003, foi aprovada em primeiroturno na Câmara dos Deputados em 2004 e desde então, está parada, aguardandovotação.



O 2º Plano para Erradicação do Trabalho Escravo, lançado no último dia 10 de setembro pelo governo federal, inclui entre suas metas a aprovação de algumas propostas que tramitam no Legislativo.

A principal delas é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438/01 , do Senado, que determina a expropriação de imóveis (rurais ou urbanos) onde for constatada exploração de trabalhadores em condições análogas à de escravidão.



Diversas entidades, como a Conatrae (Comissão Nacional de Erradicação doTrabalho Escravo), OIT, representantes das entidades que compõem a FrenteNacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, entre outras, estão participando desse esforço coletivo, pois a meta será a coleta de um milhãode assinaturas.



Participem do abaixo-assinado acessando o link abaixo:
http://www.reporterbrasil.com.br/abaixo-assinado.php







Leia mais:

http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=126573

sábado, setembro 27, 2008

Veja como é fácil entender a crise mundial desse ano


Tradução da crise do subprime


É assim ó:


O seu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça "na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todos desempregados.
Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar um pouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreço que os pinguços pagam pelo crédito).
O gerente do banco do seu Biu, um ousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que as cadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível, e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dos pinguços como garantia.


Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante, lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO, CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguém sabe exatamente o que quer dizer.


Esses adicionais instrumentos financeiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a operações estruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundo desconhece (as tais cadernetas do seu Biu ).
Esses derivativos estão sendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantias reais, nos mercados de 73 países.
Até que alguém descobre que os bêubo da Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar do seu Biu vai à falência.


E toda a cadeia sifu.

segunda-feira, setembro 22, 2008

PI concentra 5% dos trabalhadores escravos do Brasil

Apenas 2,6% das operações de combate ao trabalho escravo no Brasil, realizadas no ano de 2007 por fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), aconteceram no Piauí. É o que mostram dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – DIEESE – sobre a vida no meio rural brasileiro.

Segundo a pesquisa, somente 1,5% das fazendas fiscalizadas no Brasil são situadas no Piauí. Nelas, o MTE encontrou quase 5% dos trabalhadores brasileiros que vivem em situação sub-humana no meio rural, e libertou 2,9% destes.

O Estado do Pará é o campeão nacional do trabalho escravo, concentrando 32% dos trabalhadores resgatados, seguido do Mato Grosso do Sul, com 27%.

Crédito fundiário

De acordo com o DIEESE, em três anos (2005, 2006, 2007) o Programa de Crédito Fundiário atendeu mais de 6.700 famílias, que adquiriram aproximadamente 160 mil hectares de terra com o dinheiro emprestado pelo Governo Federal.

Conflitos por água

O levantamento mostrou ainda, que aconteceram no ano passado três conflitos por água no Piauí, envolvendo cerca de 480 famílias. O equivalente a 3,4% do total registrado no Brasil.

Fonte: 45graus.com.br

domingo, setembro 21, 2008

Karl Marx manda lembranças


CESAR BENJAMIN

Folha de S. Paulo, 20 set. 2008, p. B2.


AS ECONOMIAS modernas criaram um novo conceito de riqueza. Não se trata mais de dispor de valores de uso, mas de ampliar abstrações numéricas. Busca-se obter mais quantidade do mesmo, indefinidamente. A isso os economistas chamam "comportamento racional". Dizem coisas complicadas, pois a defesa de uma estupidez exige alguma sofisticação.Quem refletiu mais profundamente sobre essa grande transformação foi Karl Marx. Em meados do século 19, ele destacou três tendências da sociedade que então desabrochava: (a) ela seria compelida a aumentar incessantemente a massa de mercadorias, fosse pela maior capacidade de produzi-las, fosse pela transformação de mais bens, materiais ou simbólicos, em mercadoria; no limite, tudo seria transformado em mercadoria; (b) ela seria compelida a ampliar o espaço geográfico inserido no circuito mercantil, de modo que mais riquezas e mais populações dele participassem; no limite, esse espaço seria todo o planeta; (c) ela seria compelida a inventar sempre novos bens e novas necessidades; como as "necessidades do estômago" são poucas, esses novos bens e necessidades seriam, cada vez mais, bens e necessidades voltados à fantasia, que é ilimitada. Para aumentar a potência produtiva e expandir o espaço da acumulação, essa sociedade realizaria uma revolução técnica incessante. Para incluir o máximo de populações no processo mercantil, formaria um sistema-mundo. Para criar o homem portador daquelas novas necessidades em expansão, alteraria profundamente a cultura e as formas de sociabilidade. Nenhum obstáculo externo a deteria.Havia, porém, obstáculos internos, que seriam, sucessivamente, superados e repostos. Pois, para valorizar-se, o capital precisa abandonar a sua forma preferencial, de riqueza abstrata, e passar pela produção, organizando o trabalho e encarnando-se transitoriamente em coisas e valores de uso. Só assim pode ressurgir ampliado, fechando o circuito.



É um processo demorado e cheio de riscos. Muito melhor é acumular capital sem retirá-lo da condição de riqueza abstrata, fazendo o próprio dinheiro render mais dinheiro. Marx denominou D - D" essa forma de acumulação e viu que ela teria peso crescente. À medida que passasse a predominar, a instabilidade seria maior, pois a valorização sem trabalho é fictícia. E o potencial civilizatório do sistema começaria a esgotar-se: ao repudiar o trabalho e a atividade produtiva, ao afastar-se do mundo-da-vida, o impulso à acumulação não mais seria um agente organizador da sociedade.Se não conseguisse se libertar dessa engrenagem, a humanidade correria sérios riscos, pois sua potência técnica estaria muito mais desenvolvida, mas desconectada de fins humanos. Dependendo de quais forças sociais predominassem, essa potência técnica expandida poderia ser colocada a serviço da civilização (abolindo-se os trabalhos cansativos, mecânicos e alienados, difundindo-se as atividades da cultura e do espírito) ou da barbárie (com o desemprego e a intensificação de conflitos). Maior o poder criativo, maior o poder destrutivo.O que estamos vendo não é erro nem acidente. Ao vencer os adversários, o sistema pôde buscar a sua forma mais pura, mais plena e mais essencial, com ampla predominância da acumulação D - D". Abandonou as mediações de que necessitava no período anterior, quando contestações, internas e externas, o amarravam. Libertou-se. Floresceu. Os resultados estão aí. Mais uma vez, os Estados tentarão salvar o capitalismo da ação predatória dos capitalistas. Karl Marx manda lembranças.



CESAR BENJAMIN, 53, editor da Editora Contraponto e doutor honoris causa da Universidade Bicentenária de Aragua (Venezuela), é autor de "Bom Combate" (Contraponto, 2006).

terça-feira, setembro 16, 2008

Prima de F. Collor toma posse no Senado com velho discurso


Prima do atual Senador Fernando Collor, pelo estado de Alagoas, Ada Mello, disse que pretende trabalhar pelos menos favorecidos.

É de praxe? Todos pretendem trabalhar pelos menos favorecidos? Ou discursam e recebem altos salários no Senado e na Câmara para "dizer" que fazem algo, aos mais pobres, sendo que não!!

E que "trabalho" a família Collor de Mello vem realizando ao longo dos anos, em prol dos mais pobres!!! Ironia, mas ao se visitar o interior de Alagoas, perceber-se-á uma região tomada pela desigualdade socio-econômica, pois enquanto há enorme faixa de terra que pertencem a poucos, (e poucos aqui pode se remeter à família Collor de Mello) muitos são os que não tem nada, ou seja, são os mesmos "menos favorecidos" que uma integrante do patriarcado Collor de Mello pretende "defender", mais uma vez, no Senado Federal, a partir de onte, dia 15 de setembro de 2008.

E abro um parêntese: Na mais recente publicação do ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) dos estados brasileiros mostra o estado de
Alagoas, que tinha o pior IDH em 1991, continuou na mesma posição em 2005, com 0,677. Enquanto que o melhor índice, o do Distrito Federal, é de 0,874, igual ao da Hungria e superior ao de países como Argentina e Emirados Árabes Unidos.


A senadora Ada Mello (PTB-AL) tomou posse, nesta segunda-feira (15), na vaga do senador Fernando Collor (PTB-AL), de quem é a 2ª suplente. Fernando Collor licenciou-se do Senado para participar da campanha eleitoral dos candidatos petebistas às prefeituras municipais de Alagoas. Seu 1º suplente, Euclydes Mello (PRB-AL), que concorre nas eleições municipais em Marechal Deodoro (AL), também se licenciou. Assim como Euclydes, Ada Mello é prima do senador Fernando Collor. Ligada à Igreja Católica e com experiência em obras de caridade e assistência social em Alagoas, a senadora afirmou, em seu primeiro discurso, que pretende trabalhar pelos menos favorecidos. - Mediante um trabalho ordenado e devidamente refletido, pretendo pautar, neste Senado Federal, uma atuação em prol das políticas de assistência social e de preservação ambiental, mas sempre enxergadas pela ótica dos ideais maiores da Humanidade: a consolidação da prática democrática; a ação social como instrumento de reparação das injustiças humanas; e a doutrina católica como referência ética e espiritual - disse.

segunda-feira, setembro 15, 2008

duas flores

O sol rasgou o chão,
com aquele calor, que o verão trazia
e aqueceu todo meu caminho que percorria,
e eu ria.
Eu já não conseguia ver mais nada
nem um palmo, do chão
nem um dedo, da mão
ouvia só sua pegada
mas era incerta, aquela chegada...


Nem uma rima,
e nem um verso
Só duas flores que eu peço,
e sem respostas fiquei,
calada, intrigada
por que o vento era forte, e
talvez levou você para longe
e derrubava todas as rosas vermelhas e brancas
marcando todo aquele chão pisado de terra fofa
que um dia ousei ter encontrado...

sexta-feira, setembro 12, 2008

licença-maternidade

A licença-maternidade de seis meses, aprovada essa semana pelo Presidente Lula, deveria se tornar obrigatória a todas mulheres trabalhadoras!! Sim, isso mesmo!!
Pela lei sancionada, a concessão desse benefício é facultativa. Uma proposta à classe trabalhadora seria a aprovação da extensão do direito a todas as mulheres, o que já prevê na Emenda da Constituição (PEC 30/07). Essa reivindicação garantiria a toda trabalhadora o direito de licença. Um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) está sendo formado, à pedido da ministra Nilcéa Freire, para organizar no serviço público federal, segundo site da Presidência da República, os pedidos de licença. Aí se percebe que o setor do funcionalismo público será fortemente atingido, assim como está organizado para receber a concessão do benefício, visto tal fato,
O presidente Lula sancionou a lei com dois vetos. Empresas pequenas, que pagam imposto de renda pelo simples, não terão direito a alívio fiscal porque já pagam menos tributos. O desconto no Imposto de Renda só vale para as grandes empresas. O outro veto torna obrigatório o recolhimento da contribuição previdenciária durante os seis meses de licença. Na iniciativa privada, cada empresário vai decidir se quer ou não dar a licença de seis meses para as funcionárias. O empregador que aderir vai ter desconto no Imposto de Renda.
Essa nova lei da licença-maternidade mostra-se limitada, já que a lei avança somente para as mulheres com emprego formal e as servidoras públicas, entretanto não responde às demandas da maioria das mulheres trabalhadoras do Brasil, pois muitas são as que trabalham na informalidade.

A licença de seis meses nas empresas privadas só vale a partir de 2010. No serviço público já pode ser concedida e já vem sendo em vários estados.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Infância perdida





Crianças trabalhando em um matadouro irregular no Rio Grande do Norte
ver notícia no Repórter Brasil

Lula diz que é preciso garantir acesso à educação a ricos e a pobres

Retirado do site Agência Brasil

Lula diz que é preciso garantir acesso à educação a ricos e a pobres

10 de Setembro de 2008
Lula diz que é preciso garantir acesso à educação a ricos e a pobres
Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (10) que pretende criar um novo paradigma para a educação brasileira. Lula disse que quer garantir a todas as pessoas, ricas ou pobres, o acesso ao ensino.

"O que nós queremos é que o filho do mais rico continue estudando, que o mais rico tenha uma boa escola, mas que o filho do mais pobre possa ter a mesma escola, a mesma oportunidade, a mesma qualidade de ensino."

Lula fez as declarações durante cerimônia de inauguração do campus local da Universidade Federal do Amazonas, em Coari, e da Unidade de Ensino Descentralizada, que fica no mesmo município e é ligada ao Centro Federal de Educação Tecnológica do Amazonas.

O presidente disse que, além de Coari, serão inaugurados centros de ensino nas cidades amazonenses de Parintins e Tabatinga, entre outras. Lula também destacou que, apesar de as distâncias entre as cidades do estado serem grandes, é preciso ter consciência de que a educação precisa chegar a todos os jovens.

"Quando a gente sobrevoa de avião e vê uma centena de comunidades à beira do rio, precisamos ter consciência de que aquele jovem que mora à beira do rio, que nasce às margens do rio, tem tanto direito de cursar uma escola técnica ou uma universidade quanto aquele que nasce em berço de ouro na principal rua de São Paulo ou na principal rua de Manaus."

O campus local de Coari terá cursos de enfermagem, nutrição, fisioterapia, biotecnologia e licenciaturas em matemática e física e em química e biologia. Já a unidade tecnológica vai oferecer cursos nas áreas de edificações e de informática.

Nesta tarde, Lula visita as obras do Gasoduto Urucu-Coari-Manaus, localizado a 282 quilômetros da capital amazonense.

terça-feira, setembro 09, 2008

das críticas e críticas


Recentemente ao ler diversos blogs e outros críticos na vasta
alternativa de mídias que temos li infelizes críticas que estavam
relacionadas à Fiscalização do Ministério do Trabalho, frente as
irregularidades encontradas no meio rural, como as condições de trabalho
dos rurais no país. Pelo site do Ministério do Trabalho é possível
acompanhar diversos noticiários acerca do resgate de inúmeros
trabalhadores e trabalhadoras rurais no país, que trabalhavam e viviam
em condições insalubres e de periculosidade, além de casos em que os
trabalhadores não percebiam salários, as medições da colheita eram
feitas à bel prazer dos interesses dos usineiros e produtores rurais,
além das precaridades dos transporte de trabalhadores. Dias destes (2),
no interior de Minas Gerais, mais um acidente envolveu trabalhadores e
trabalhadoras rurais do setor cafeeiro. Um caminhão que transportava 26
pessoas até a colheita de café no município de Piedade de Caratinga, na
Zona da Mata, perdeu o controle e se chocou com a traseira do outro.
Quatro passageiros morreram e 22 ficaram feridos. Entre os trabalhadores
com ferimentos, treze estavam em estado grave e foram levados para
hospitais da região e de Belo Horizonte. Segundo a Federação, os dois
veículos não eram adequados para o transporte de pessoas e estavam em
condições irregulares. Um dos motoristas não tinha habilitação para
transportar os passageiros e o outro estava com habilitação vencida.

Aí quando se lê críticos do atual Governo que insistem em martelar e
manter argumentos infelizes, dizendo que o Governo faz pouco e
"marketeia" o trabalho do MTE. E aqui não estou levantando bandeiras do
PT e nem do Lula, muito menos "descer a lenha" na política de
fiscalização que o MTE realiza. A proposta é acompanhar o trabalho, e
analisar o que a política do MTE vem perfazendo Brasil afora. Agora vir
dizer que o Governo não faz mais do que sua obrigação em fiscalizar e
punir as irregularidades encontradas nas relações laborais do campo é
não ter consciência do que foi feito, até por que se analizarmos o que
outras gestões federais realizaram neste setor veremos que foram
irrisórias diante dessa atual. É obvio que falta muito a ser feito,
tanto em termos de resgate de trabalhadores e trabalhadoras em situações
análogas à escravidão, quanto em fiscalização e punições aos
responsáveis que empregam os trabalhadores, e detém, majoritariamente, o
poder não só econômico mas também político no país.

Que o pontapé tenha sido iniciado com essa intensidade, no governo Lula,
e que seus sucessores se mobilizem para intensificar tal tarefa. Agora
infelizes são aquelas críticas que são esvaziadas de qualquer conteúdo
de bom senso, pois martelam em argumentos vazios. Todos sabemos da
imensidão de terras neste Brasil afora, e das condições precárias dos
trabalhadores e trabalhadoras rurais, desde épocas remotas. Se ainda
temos casos em que trabalhadores são equiparados a condições animalescas
o que teria ocorrido em tempos atrás, em que inexistia quaisquer tipos
de controle no campo?
A luta é grande. Há de se perceber que muito ainda tem de ser feito, mas
sem desmerecer o que vem sendo realizado nesse governo!
saudações
Cris

domingo, setembro 07, 2008

Contradiz a ação


Tô na América do Sul,
e daqui observo uma parte do todo
Aqui o vento desarruma o cabelo,
ao mesmo tempo em que faz bem.

O grito do homem não passa da garganta
o olhar da senhora permanece o mesmo
e o cotidiano surpreende sempre.


Aqui na América Latina o vento não é nada brando
por que o cotidiano não surpreende mais,
assim como o grito do homem é o mesmo
e o olhar da senhora faz muito bem.

E daqui eu observo uma boa parte de tudo.

quarta-feira, setembro 03, 2008

Salário do jovem brasileiro

Salário médio do jovem brasileiro aumentou 10,50%, mostra estudo da FGV
Valor Econômico 03/09/2008

O salário médio da população de 15 a 29 anos aumentou, em média, 10,5% por ano entre 2004 e 2008, de com acordo com estudo divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e elaborado com base nos dados da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE. "É um nível de crescimento chinês, que teve ajuda de programas sociais, ao contrário do que acontece no país asiático", afirmou Marcelo Neri, coordenador do Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV.

Em 2004, o jovem brasileiro recebia salário médio de R$ 277,73, que chegou a R$ 414,05 em abril deste ano. Neri disse que o aumento de ganho do jovem está atrelado ao maior nível de estudo. Há quatro anos, o brasileiro de 15 a 29 anos tinha, em média, 9,7 anos de estudos. Em abril deste ano, o tempo médio já chega a 10,4 anos. "O maior tempo de estudo explica o aumento da renda do jovem."

Neri argumenta que desde 1992 há um aumento substancial nos anos de estudo dos jovens entre 15 e 29 anos. Com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), o estudo da FGV mostra que entre 1992 e 2006 houve aumento de 2,63% ao ano no tempo médio de estudo da população nessa faixa etária. A renda decorrente de todas as fontes, no entanto, subiu apenas 1,21% ao ano no período. "O aumento dos anos de estudo não se refletiu em crescimento dos rendimentos. Mas a partir de 2004 esse quadro mudou", ressalta Neri.

Entre 2004 e 2008, os anos de estudo subiram, em média, 2,74% ao ano, ao passo que as rendas de todas as fontes cresceram 7,90% ao ano. "A pesquisa mostra que, dos últimos 16 anos, os 12 primeiros anos foram anos de estagnação trabalhista, quando o jovem estava indo muito mais à escola, investindo no seu futuro, embora não estivesse colhendo esse resultado no mercado de trabalho. De 2004 em diante a cena muda, e o jovem continua investindo em educação, mas começa a colher resultados", ressalta Neri.

Ele atribui a essa melhora parte da expectativa positiva do jovem em relação aos próximos cinco anos, detectada pelo Índice de Felicidade Futura (IFF), medido no país pela FGV e em outros 131 países pelo Gallup World Poll.

Os jovens brasileiros entre 15 e 29 anos são os que demonstram maior expectativa de felicidade nos próximos cinco anos, de acordo com o índice divulgado ontem. A pontuação dos brasileiros atingiu 9,29 pontos. A vice-liderança ficou com os jovens dos Estados Unidos (9,11 pontos). A expectativa futura contrasta com a felicidade atual, quesito em que o Brasil aparece apenas no 23º lugar, com 6,64 pontos. Entre os jovens, a felicidade presente alcançou 6,77 pontos, o que colocou o país na 53ª posição.

"A pesquisa mostra que o dado sobre otimismo em relação ao futuro surpreende, mas os últimos quatro anos dão margem para a idéia de que o Brasil melhorou e que o país, pelo investimento em educação que já aconteceu, pode melhorar no futuro", diz Neri. (Agências noticiosas)



Jovens, estudo e trabalho, segundo IBGE

Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2004, entre 1993 e 2003, aumentou de 40,7% para 60,9% o número de adolescentes entre 15 e 17 anos de idade que tinham o estudo como atividade exclusiva. Porém, nas faixas etárias seguintes a vantagem de somente estudar ainda é uma realidade para poucos. Assim, 30,4% dos jovens de 18 e 19 anos de idade e 11,7% dos que têm entre 20 e 24 anos apenas estudam.
Segue link do quadro de análise (já que não consegui inserir aqui).
http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/index.htm



Se observamos a última coluna do quadro acima perceberemos que dentre os jovens que "só trabalham" a porcentagem é de praticamente 48%, e em relação aos que estudam o percentual cai para 12%, praticamente. Uma discrepância de valores que nem é ao menos amenizada pelo outro fator "trabalha e estuda", que tem 15% entre os jovens de 20 a 24 anos. Se a análise partir do estudo da FGV veremos que dentre os jovens que só trabalhavam em 2004, os mesmos recebiam R$ 277,73 de salário, e que hoje encontra-se no patamar de R$ 414,05. Um sutil aumento de 10,50%, isso sem considerar as perdas inflacionárias do período. Também é importante salientar que mesmo com um crescimento minúsculo do salário médio entre os jovens o texto do Valor econômico salienta que existe um grau de felicidade associado a esse cresciemnto. Mas é importante pontuar aqui que a educação ainda é fator preponderante na sociedade. Sem im investimento pesado e maciço na área educacional, tanto no ensino básico, fundamental, médio e superior, não se pode vislumbrar um crescimento contínuo e de qualidade. Qualidade, por que investimento em educação não se resume somente ao investimento em construção de prédios escolares, mas em capacitação ao professor, em aumento do salário e valorização da profissão. Isso tudo somado a uma cultura que não tende a ver a escola como uma prisão de delinqüêntes, como se observa nas periferias das grandes cidades, mas sim num ambiente que seja cultivado como uma continuação do lar. Utópico não é!!! Trata-se de um investimento à longo prazo, mas que trará frutos de qualidade para a sociedade brasileira.

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