terça-feira, março 10, 2009

R$ 4,00 por tonelada de cana

Hoje a Comissão Pastoral da Terra de Alagoas divulgou uma carta aberta, com caráter de denúncia das condições de uso da terra. Nela são apresentados números que aterrorizam e traz à tona a problemática que teima em persistir no estado. Impressionante, eis os dados:

Na pequena Alagoas, formada por 102 municípios, 57 são
produtores de cana
de cana de açúcar. Os usineiros e fornecedores
abocanharam 410. 835 hectares
de
terra, o equivalente a 63,95% da
área
agricultável do Estado, gerando
apenas um
(01) emprego a
cada
6,6
hectares de terra.Essa ânsia
desenfreada
de
explorar a
natureza e o
ser humano criou um estado de
alguns
ricos
(cerca
de 20 famílias) e
uma legião de empobrecidos –
56%
dos
alagoanos
vivem
abaixo da
linha da pobreza

e uma
concentração de
terra que insulta o
conceito de
democracia.

Esse blog vem acompanhado, ao longo da sua existência, as informações, as estatísticas e muitos dados que se refere à problemática da concentração de terra no Brasil, principalmente no Nordeste e em especial no estado de Alagoas. Portanto a luta começou. Ela vem de longe, aqui de São Paulo, mas disposta a reverter o quadro, com denúncia, informações, e números que apresentem a realidade de um modo mais transparente. Essa é a pretensão, a meta.
A indignação é tamanha ao vermos milhares de trabalhadores sendo explorados, e muitos sendo mortos, por trabalho exausto, para receber em torno de R$ 4,00 por tonelada de cana. Trabalhadores são expropriados, explorados, tratados como animais em troca de um valor irrisório e vergonhoso, enquanto meia dúzia de latifundiários, que comandam o estado de Alagoas, ao deter o poder econômico e político, concentram terras e não cumprem sua função. Anti-constitucional, e compete à União a desapropriação imediata dessas terras, em prol do coletivo.

Todo apoio aos movimentos sociais do campo!

saudações

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